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ópera

de António de Sousa Dias
e Alexandre Lyra Leite
a partir de Manifestos DADA
de Tristan Tzara

14 Novembro 2024
FIATO – Festival Internacional de Artes e Ópera do Porto
Teatro do Bolhão, Porto

Lisboa, Estação de Metro do Cais do Sodré (happening), 17 Jan 2024
Odemira, 18 Nov 2023
Coimbra, 7 Jul 2023
Sintra, 4 Mar 2023
Lisboa, 30 Nov 2022
Vila F. Xira, 17 Fev a 5 Mar 2022

Ópera-manifesto contra e a favor de tudo e decididamente sobre nada. 

MANIFESTO NADA inspira-se no irreverente movimento DADA, que no início do séc. XX provocou rupturas na percepção da arte e inspirou inúmeros artistas e colectivos de vanguarda. Tristan Tzara, considerado o precursor do movimento Dadaísta, afirma claramente com a publicação do livro “Sete Manifestos Dada” (1924) a ruptura entre poesia tradicional e poesia dadaísta, numa atitude provocatória de desconstrução e negação de todas as convenções culturais, sociais, morais, estéticas e linguísticas.

A música de António de Sousa Dias propõe uma viagem possível neste universo, cortejando a desconstrução, flirtando com a colagem, namoriscando a irreverência, num piscar de olhos a diferentes expressões musicais contemporâneas ou próximas do movimento DADA e onde a lógica não é a regra.

Música António de Sousa Dias
Libreto e Encenação Alexandre Lyra Leite
Baritono Rui Baeta
Sopranos Joana Manuel e Célia Teixeira / Ana Sofia Ventura
Ensemble Fábio Oliveira (trompete), Philippe Trovão (sax tenor), Guilherme Reis / Gonçalo Rosado (contrabaixo), António de Sousa Dias (electrónica)

Manifesto Nada | Ópera de António de Sousa Dias, a partir de Tristan Tzara
happening, janeiro 2024
trailer
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Manifesto Nada | Ópera de António de Sousa Dias
Manifesto Nada | Ópera de António de Sousa Dias
Manifesto Nada | Ópera de António de Sousa Dias
Manifesto Nada | Ópera de António de Sousa Dias
Manifesto Nada | Ópera de António de Sousa Dias
Manifesto Nada | Ópera de António de Sousa Dias
Manifesto Nada | Ópera de António de Sousa Dias
Manifesto Nada | Ópera de António de Sousa Dias
Manifesto Nada | Ópera de António de Sousa Dias
Manifesto Nada | Ópera de António de Sousa Dias
Manifesto Nada | Ópera de António de Sousa Dias
Manifesto Nada | Ópera de António de Sousa Dias

© André Roma / Vítor Hugo Costa

Ficha Artística / Técnica

Música António de Sousa Dias
Manifestos DADA Tristan Tzara
Libreto e Encenação Alexandre Lyra Leite
Tradução Rita Leite
Barítono Rui Baeta
Soprano Joana Manuel
Soprano Célia Teixeira / Ana Sofia Ventura
Trompete Fábio Oliveira
Saxofone (tenor) Philippe Trovão
Contrabaixo Guilherme Reis / Gonçalo Rosado
Concepção visual Alexandre Lyra Leite e Rita Leite
Produção executiva Rita Leite
Direcção técnica Fernando Tavares
Assistência técnica Inês Maia
Design gráfico Rita Leite
Registo e edição vídeo Vítor Hugo Costa
Apoio à produção Susana Serralha
Produção Inestética companhia teatral
Projecto financiado por República Portuguesa – Cultura,
DGArtes, Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Apoios Arte Franca, Imarte, Metafilmes
Agradecimento Diogo Delgado

Récitas

Lisboa
Estação de Metro do Cais do Sodré, 17 Jan 2024 (happening)
Odemira
Cine-Teatro Camacho Costa, 18 Nov 2023
Coimbra
TAGV – Teatro Académico de Gil Vicente, 7 Jul 2023
Sintra
Festival Periferias, Sociedade Filarmónica “Os Aliados”, 4 Mar 2023
Lisboa
Festival CRIASONS IV, Teatro Aberto, 30 Nov 2022
Vila Franca de Xira
Palácio do Sobralinho, 17 Fev a 5 Mar 2022 (estreia)

50 min | M/12

Foto de capa © João Duarte / TAGV

Manifesto Nada | Ópera de António de Sousa Dias
MEDIA

MANIFESTO NADA
por Rui Freitas
Artes&contextos, Março 2022

Se o dadaísmo ainda pode existir (e quanto faria falta algum dadaísmo aos nossos dias e costumes) António Sousa dias e Alexandre Lyra Leite incarnaram-no, e de forma primorosa passaram-no aos performers, que por sua vez o beberam e o vivem de uma forma notável nesta obra. 

O termo Manifesto, deriva do latim Manifestus, e é uma declaração de princípios e de intenções, geralmente de um grupo e até ao final do séc. XIX era exclusivamente político.
O Manifeste Dada (1918) de Tristan Tzara, tanto pode ser encarado como uma declaração estética, política, social, mas no fundo é tudo isto ou outra coisa qualquer e afirma-se desde logo contra os manifestos. 

“I write a manifesto and I want nothing, yet I say certain things, and in principle I am against manifestos, as I am also against principles.” Manifeste Dada, Tristan Tzara,1918

Os dadaístas pretenderam, provocar uma cambalhota espalhafatosa na sociedade e nos seus valores, sobretudo, mas não só, estéticos. 
Orientavam-se de acordo com um niilismo político e social e uma anarquia da arte, para combater a ordem estabelecida e os gostos burgueses; um dos principais objetivos de todas as suas criações e manifestações era chocar. Exaltavam o descrédito na humanidade, no sentido da vida, na individualidade (radical), na subserviência a sistemas de crenças e valores contraditórios. O dadaísmo, mais do que um movimento era uma atitude. A ideia de uma obra era mais importante do que o “objeto” final, a própria obra. 

A Arte Dada pretendia mais do que chocar, ofender, para não alimentar as ilusões de um propósito na vida. Pretendiam com a sua apologia do absurdo e do irracional, escrnecer e ridicularizar os sistemas e crenças que tentavam – diziam – justificar o propósito da vida, desde a religião ao amor, da cultura ao consumismo, do nacionalismo à família etc. 
Tzara dizia que se contradiria se não se contradissesse e o afirmasse também. 

Num cenário luminoso e limpo, sob um fresco floral no teto de uma sala do Palácio do Sobralinho, encontramos Rui Baeta e Joana Manuel, ao centro, estáticos como manequins e na penumbra os três músicos instrumentistas. Mais afastado do centro de cena, um mono coberto com um pano branco. 
Os dois líricos à boca de cena, acordam para começarem a desfiar o texto do Desgosto Dadaísta, com os instrumentos em cumplicidade a sublinhar a repetição da palavra Dada. Ou a dizê-la, na sua língua. 
Às duas vozes iniciais, junta-se a Célia Teixeira, que destapado o mono, era quem se encontrava por baixo da cobertura, e ora a declamarem, em tom coloquial ou exaltado, ora a cantarem desgarradamente ou em coro, e com o Rui Baeta a executar movimentos de dança desconcertados e patéticos, o Dada entrou. 

De entre as diversas leituras que se pode fazer dos textos dos manifestos Dada, nenhuma nos pode levar a encará-los como normais aos olhos do abençoado senso comum. Nesta dramatização, o encenador Alexandre Lyra Leite, escolheu o lado mais cómico e interpretou-o sem a mordacidade patente e velada no texto original, potencialmente sarcástico e até violento, conquanto irónico. 
O contexto instrumental de António de Sousa Dias, é tão irónico quanto brilhante e os três instrumentos, o trompete de Fábio Oliveira, o Tenor Sax de Philippe Trovão e o contrabaixo de Guilherme Reis são vozes que repetem com sarcasmo o que apregoam as vozes líricas e suportam as danças patéticas e os dislates do Rui, da Célia e da Joana. Fazem-lhe coro, dão-lhes ligação tanto quanto as dispersam e se dispersam, e também dizem de sua voz parecendo por vezes querer sair da performance para iniciar um percurso autónomo. 
Tal como os cantores/declamadores, fazem-no, tanto de uma forma monótona e monotónica, por vezes compassada e com laivos melódicos, outras gritando em desenhos sinuosos e imprevisíveis. 

O ambiente musical de Sousa Dias, sem perder nunca a identidade única e de conjunto passeia livremente, e tanto nos pode levar aos experimentalismos de John Cage ou Sun Ra, e aos desalinhos de Tom Waits quanto a Scott Joplin ou a um cabaret, talvez Cabaret Voltaire
Há momentos em que os três atores/cantores estão cada um no seu momento, independentes de tudo o que corre à sua volta e o caos vai impregnando a cena. De uma forma brilhante, o espetáculo decorre sinuosamente num todo falsamente desordenado, mas com o rigor ostensivamente caótico e pontualmente, ora cacofónico, ora melódico, onde a vocalização assume uma tonalidade quase sempre um patética. Um sorriso cínico, apalermado e plástico decora a face da Célia, cuja personagem assume por vezes o papel de um eco desconcertado e desconcertante das outras duas. 
Numa saída e reentrada a cena é enriquecida com uma gaiola de pássaro com uma pistola pendurada no interior e cuja base amovível se revela portadora de uma cábula para o Rui, e com pés de microfone com mãos modeláveis no lugar do micro, que a Joana usa para apontar o publico com ar sinistro. 

O dadaísmo cresce até ao fim e a linguagem ou as linguagens vão sofrendo transfigurações, sem, contudo, alguma vez se desagregarem ou perderem o todo, reencontrando-se, quase sempre arrastados pela cumplicidade instrumental. O manifesto vai sendo desfolhado em canto ou declamação, onde Baeta vai do patético ao solene e volta, ilustrado por danças grotescas e vocalizações espampanantes; e com conivência do instrumental ora redondo ora afiado. 
Após uma saída de cena, que poderia ser só mais uma de várias, segue-se um nada que confirma o fim da peça. Ou confirmaria, não fosse Dada o seu espírito, porque a seguir regressa a Joana descalça, com os sapatos na mão, para se dirigir a um espectador com uma lenga-lenga sem sentido sobre preços e câmbios disparatados. Saiu… 

Se o dadaísmo ainda pode existir (e quanto faria falta algum dadaísmo aos nossos dias e costumes) António Sousa dias e Alexandre Lyra Leite incarnaram-no, e de forma primorosa passaram-no aos performers, que por sua vez o beberam e o vivem de uma forma notável nesta obra. 
Ah… quando Rui Breda nos diz à boca de cena, com olhos arregalados e sorriso apalermado, “vós sois todos adoráveis”, não sei mesmo se neste contexto será prudente considerá-lo um elogio… 

Rui Freitas
Jornalista. Licenciado em Estudos Artísticos.

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“Um barítono, duas sopranos e três músicos de excelência dão alma, voz e corpo à desconstrução e à irreverência, à negação de todas as convenções, seguindo a lógica do absurdo. Em tempos insanos de indefinição e asfixia, a explosão DADA pacifica e alivia.
Em cena no Palácio do Sobralinho. A não perder.”
Clara de Barros, professora

“J’ai Adoré !!!! C’est absolument génial !!!
Bisous et félicitations à vous deux et à toute l’équipe !!!!”
Tatiana Spitzer, artista plástica

“Encantador e delicioso. Confirmo. Muitos parabéns a todos.”
David Santos, historiador de arte

“Adorei. Dada! Grande loucura! Da música aos músicos; dos cantores/actores, aos figurinos e encenação. Muito bom, divertido. O todo e o seu contrário. Grande espectáculo. Parabéns!”
João Vieira, guionista

AS FLORES DO MAL
de Luís Soldado e Alexandre Lyra Leite
a partir de Charles Baudelaire

Os poemas “condenados” e banidos do livro “As Flores do Mal” foram o ponto de partida para a criação do libreto e composição musical desta ópera, que exalta a transgressão poética de Charles Baudelaire nas múltiplas e contraditórias emoções do masculino e do feminino.

Considerada um dos expoentes máximos da poesia moderna e simbolista, esta obra do poeta francês, publicada em 1857 e recolhida poucos dias após o seu lançamento por atentado à moral, aborda as temáticas intemporais do amor e do erotismo, desejo, vício, solidão e decadência, com uma  inquietante sensualidade. Seis poemas foram suprimidos para que o livro de Baudelaire pudesse voltar a ser editado.

Música Luís Soldado
Poemas Charles Baudelaire
Tradução Rita Leite
Libreto e Encenação Alexandre Lyra Leite
Direcção Musical Rui Pinheiro
Barítono Rui Baeta
Soprano Inês Simões
Soprano Célia Teixeira

Ficha Artística / TÉCNICA

Música Luís Soldado
Poemas Charles Baudelaire
Tradução Rita Leite
Libreto e Encenação Alexandre Lyra Leite
Direcção Musical Rui Pinheiro
Barítono Rui Baeta
Soprano Inês Simões
Soprano Célia Teixeira
Flauta Daniela Pinheiro
Viola d’arco Magda Pinto
Violoncelo Sofia Azevedo
Contrabaixo Samuel Pedro
Figurinos Rita Álvares Pereira
Concepção visual Rita Leite
Make-up e cabelos Catarina Esteves
Desenho de luz Alexandre Lyra Leite
Direcção técnica Fernando Tavares 
Design gráfico Rita Leite
Gravação e Edição audio José Grossinho
Registo e Edição vídeo Vítor Hugo Costa
Pianista correpetidor Helder Marques
Apoio à produção Susana Serralha
Produção Inestética companhia teatral
Projecto financiado por República Portuguesa – Cultura,
DGArtes e Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Apoios União das Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho,
Arte Franca – Publicidade, Imarte – Design, [Metafilmes], Pingo Doce, Ateneu Artístico Vilafranquense

Récitas

Vila Franca de Xira
Palácio do Sobralinho, 31 Out a 17 Nov 2019 (estreia)

60 min | M/14

As Flores do Mal não contêm poemas históricos nem lendas; nada que tenha que ver com uma forma narrativa. Nenhum discurso filosófico. A política está ausente, as descrições são escassas e sempre significativas.
Mas tudo no livro é fascinação, música, sensualidade poderosa e abstracta… Luxo, forma e voluptuosidade.

– Paul Valéry –

Imagens © Vítor Hugo Costa / Alexandre Lyra Leite

ÁLBUM CD / DIGITAL

TABACARIA
de Luís Soldado e Alexandre Lyra Leite
a partir de Fernando Pessoa

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim
todos os sonhos do mundo.

Álvaro de Campos

A estranheza da existência e a incompreensão do real são os temas centrais desta adaptação inédita para ópera de um dos mais belos poemas de sempre, escrito em 1928 por Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa.

Visão niilista ou uma “espécie de epopeia do fracasso absoluto”, como designou o pessoano Robert Bréchon, “Tabacaria” coloca em permanente diálogo duas dimensões opostas, que serviram de inspiração para a estruturação da obra musical e das suas texturas sonoras: a solidão interior do protagonista (Rui Baeta), lugar de pensamento, introspecção e devaneio, e a intrusão do universo exterior, observado através de uma janela para o mundo, aqui representado pela presença da voz feminina (Inês Simões).

Ficha Artística / Técnica

Música Luís Soldado
Poema Álvaro de Campos / Fernando Pessoa
Encenação Alexandre Lyra Leite
Direcção musical Rui Pinheiro
Barítono Rui Baeta
Soprano Inês Simões
Flauta Daniela Pinheiro
Fagote Catherine Stockwell
Viola Magda Pinto
Violoncelo Sofia Azevedo
Concepção visual Alexandre Lyra Leite
Design gráfico e Ilustrações Rita Leite
Gravação, edição e mistura José Grossinho
Montagem e Assistência técnica Fernando Tavares
Apoio à produção Yara Cléo, Susana Serralha, Cristina Rodrigues Pereira
Produção Inestética companhia teatral
Projecto financiado por República Portuguesa – Cultura / DGArtes, Fundação GDA, Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Colaboração Casa Fernando Pessoa
Apoios Arte Franca – Publicidade, Imarte – Design
Agradecimentos Academia de Música de Óbidos, Clara Riso (Casa Fernando Pessoa), CESEM – Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical – FCSH/UNL, LAMCI

Récitas

Arruda dos Vinhos
Centro Cultural do Morgado, 21 Set 2019
Alcochete
Fórum Cultural de Alcochete, 30 Nov 2018
Encerramento das comemorações dos 130 anos do nascimento de Fernando Pessoa
Braga
Theatro Circo, 15 Jun 2018
Vila Franca de Xira
Ateneu Artístico Vilafranquense, 19 Mai 2018
Faro

Teatro das Figuras, 12 Abr 2018
S. João da Madeira
Casa da Criatividade, 17 Mar 2018
Sintra
Periferias 2018 – Festival Internacional de Artes Performativas,
Palácio Nacional de Queluz, 3 Mar 2018
Lisboa
Casa Fernando Pessoa, 24 Fev 2018, Lançamento oficial do CD “Tabacaria”
Vila Franca de Xira
Palácio do Sobralinho, 2 a 19 Nov 2017 (estreia)

50 min | M/12

Tabacaria | ópera de câmara, a partir de Álvaro de Campos / Fernando Pessoa

ilustração © Rita Leite

“Tabacaria” foi escrito em 1928 e publicado em Julho de 1933 na revista Presença. Considerado um dos poemas mais importantes do século XX por inúmeros escritores e ensaístas literários, foi escrito na designada fase Pessimista de Álvaro de Campos e consiste num dos textos mais significativos e representativos da sua obra poética.

Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa, sobre a poesia de Álvaro de Campos:
“Campos é um grande prosador, um prosador com uma grande ciência do ritmo; mas o ritmo de que tem ciência é o ritmo da prosa, e a prosa de que se serve é aquela em que se introduziu, além dos vulgares sinais de pontuação, uma pausa maior e especial (…)
Com emoções fareis só música. Com emoções que caminham para as ideias, que se agregam ideias para se definir, fareis o canto. Com ideias só, contendo tão somente [?] o que de emoção há necessariamente em todas as ideias, fareis poesia. E assim o canto é a forma primitiva da poesia (…)”

© Alexandre Lyra Leite

IMPRENSA / MEDIA

“Tabacaria”: Theatro Circo recebe adaptação inédita para ópera do poema de Fernando Pessoa
Badio Magazine, Jun 2018

Entrevista Antena 2, por Paulo Alves Guerra (audio)
com Luís Soldado (compositor) e Alexandre Lyra Leite (encenador)
Programa “Império dos Sentidos”, Antena 2
1 Mar 2018

Fernando Pessoa, pela primeira vez em ópera
Mutante Magazine, Nov 2017

“A Tabacaria” no Palácio do Sobralinho
revista gira, Nov 2017

Primeira ópera inspirada em Fernando Pessoa (vídeo)
Smack, Nov 2017

Fernando Pessoa para todas as pessoas, com Ricardo Belo de Morais (vídeo)
A proposta desta semana passa por descobrir como se transforma, em ópera de câmara, o poema “Tabacaria”, obra magna do heterónimo Álvaro de Campos. Os convidados são Luís Soldado (autor da música da ópera) e Alexandre Lyra Leite (encenador do espectáculo), da Inestética companhia teatral.
7 Nov 2017

O CORVO
de Luís Soldado e Alexandre Lyra Leite
a partir de Edgar Allan Poe

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais
– Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.

Edgar Allan Poe, ‘The Raven’, 1845

Através de uma notável arquitectura poética, que se assemelha a uma composição musical, Edgar Allan Poe criou um universo sombrio, onde um homem enfrenta a perda, o medo, a solidão e o vazio.

O carácter dramático e intrinsecamente musical do poema “The Raven”, construído a partir de um raciocínio profundamente matemático e traduzido de forma exemplar por Fernando Pessoa, serviu de inspiração e base estrutural para a composição desta ópera de câmara, que explora a forte dimensão visual e sonora de um dos mais extraordinários textos de Allan Poe.

Ficha Artística / Técnica

Música Luís Soldado
Poema Edgar Allan Poe
Tradução Fernando Pessoa
Encenação Alexandre Lyra Leite
Direcção Musical Rui Pinheiro
Barítono Rui Baeta
Bailarina Yara Cléo / Sara Chéu
Acordeão António Correia
Clarinete Ruben Jacinto
Violoncelo Tiago Vila
Electrónica em tempo-real José Grossinho
Concepção visual Alexandre Lyra Leite, Rita Leite
Figurinos Rita Álvares Pereira
Design gráfico e Ilustrações Rita Leite
Montagem e Assistência técnica Fernando Tavares, Jorge L. Santos, Paulo Antunes
Produção executiva Rita Leite
Produção Inestética companhia teatral
Projecto financiado por Secretaria de Estado da Cultura / DGArtes, Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Apoios Arte Franca – Publicidade, Imarte – Design

Récitas

Torres Vedras
Teatro-Cine de Torres Vedras, 2 Fev 2018
Montijo
Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida, 20 Out 2017
Vila Franca de Xira
Fábrica das Palavras, 4 Fev 2017
Braga
Theatro Circo, 19 e 20 Jan 2017
Lisboa
28ª Temporada de Música em São Roque / SCML
Mosteiro de Santos-o-Novo, 23 Out 2016
Montemor-o-Novo
Festival de Teatro de Montemor-o-Novo
Cine-Teatro Curvo Semedo, 8 Out 2016
Vila Franca de Xira
Fábrica das Palavras, 15 Jul 2016 (lançamento CD)
Palácio do Sobralinho, 10 a 20 Dez 2015 (estreia)

60 min | M/12

fotos © Badio Magazine / Inestética
ilustrações © Rita Leite

IMPRENSA

O lado negro de Poe brilha no Theatro Circo
BADIO Magazine Cultural de Braga, Jan 2017

Há algumas boas razões para não perder o espectáculo “O Corvo” esta quinta e sexta no Theatro Circo. Aqui fica uma mão cheia:

1. É a primeira vez, desde a reconstrução do Theatro circo em 1999 que uma ópera de câmara sobe ao palco principal da sala bracarense. Esta versão “light” da ópera tradicional está destinada a espaços mais pequenos e sem a “artilharia pesada” das grandes orquestras, o que não diminui de modo algum o espectáculo, proporcionando uma experiência mais próxima e intensa ao espectador.

2. Esta é uma rara oportunidade de ver uma ópera cantada em português, algo pouco frequente num género dominado pelo alemão e italiano e num país onde são escassos os espectáculos deste tipo.

3. O poema de Edgar Allan Poe traduzido por Fernando Pessoa. Há obras que se confundem com os seus criadores e “O Corvo” é não só uma das mais belas e geniais criações do escritor americano mas certamente aquela que ficará para sempre gravada no adn do autor. O poema apresenta características únicas em termos de métrica, fonética e musicalidade tendo constituído um desafio acrescido aos tradutores, tarefa só ao alcance de génios como Fernando Pessoa que conseguiu com brilhantismo e mestria fazer a tradução mantendo intactas as características que tornaram este poema único.

4. O tema. A ave negra e agoirenta que dá nome ao poema de Poe carrega um peso simbólico significativo. É um animal inexpressivo e misterioso cuja sinistra presença afecta os presentes. “O corvo” convida-nos à reflexão sobre a mortalidade, a solidão, o vazio e a experiência perturbadora de enfrentar a inexorabilidade da nossa finitude. Pela representação e voz de alguém que se confronta com a morte somos inevitavelmente arrastados para este universo sombrio de sofrimento e revolta de quem fita o abismo e materializa em palavras um sentimento transversal à condição humana.

5. A qualidade inquestionável da produção e dos seus intervenientes. Do virtuosismo do barítono Rui Baeta ao rigor e criatividade do encenador Alexandre Lyra Leite, passando pela conjugação de talentos de toda uma equipa orientada para o mesmo fim, “O Corvo” que sobe ao palco principal pela mão da companhia Inestética é a mais perfeita e acessível viagem que podemos fazer ao universo obscuro e fantasmático da obra de Edgar Allan Poe.
http://badio.pt/artes/lado-negro-poe-brilha-no-theatro-circo/

Rui Baeta canta ópera sobre “O Corvo” de Poe
por Bernardo Mariano / Diário de Notícias, Out 2016

Pela primeira vez, e à 28.ª edição, a Temporada Música em São Roque integra ópera na sua programação. Será amanhã à tarde (às 16.30), no Mosteiro de Santos-o-Novo, com “O Corvo”, de Luís Soldado, “ópera de câmara para barítono, bailarina e ensemble de 4 elementos”, que tem por libreto o famoso poema de Edgar Allan Poe, na tradução de Fernando Pessoa. No princípio, num absoluto silêncio, há um homem tentando desfazer-se de um corpo: “é a encenação da necessidade do protagonista de se libertar daquela memória, daquela mulher”, explica-nos Alexandre Lyra Leite, diretor da Inestética-Companhia Teatral, ideólogo do projeto e encenador desta produção, que já passou por Vila Franca e Montemor-o-Novo e chega amanhã a Lisboa, ali bem perto de Santa Apolónia.

O Corvo, publicado em 1845, é uma das criações máximas de Edgar Allan Poe e exemplo do Romantismo tétrico e mórbido. “Tenho desde sempre um fascínio por Poe, presença recorrente no meu trabalho, e por este poema em particular, que conheço desde a adolescência, pois tem um lado fantasmático que liga muito com o meu percurso criativo”, conta Alexandre. “Pensei logo no Luís Soldado para compôr e no Rui Baeta [barítono] para cantar”. “É um texto dificílimo, porque é muito hipnótico e com muitas repetições!”, confessa Rui Baeta. Por seu turno, Luís Soldado, fala de “o maior desafio e o maior receio” a respeito da musicalidade interna do poema – “como vou mexer naquilo?”, lembra-se de se ter perguntado. Desafio avolumado porque “nunca tinha escrito um monodrama [ópera com um só personagem] e este tem quase uma hora de duração, o que é raro em monodramas!” Vetor importante foi a inteligibilidade do texto: “quis que o texto passasse o mais claro possível para o público”, refere Luís, nisso indo ao encontro de algo enunciado por Alexandre: “confrontar o público com algo a que não está habituado: ouvir ópera em português, anulando a distância da língua”. Já Rui fala de “um ritmo musical genericamente lento, que permite perceber como o texto é “encorpado” e habitado”. Para isso concorrem ainda, diz, “os vários registos que me são pedidos: há o falado, o estilo recitativo e há o cantado, que é 95% dos casos e que alcança mesmo, por vezes, um lirismo pós-verista”.

Para o compositor, “a ópera é sempre uma tensão entre o texto e a música – e a música tem que ganhar!” Para O Corvo, Luís refere que Alexandre lhe pediu “um ambiente que fosse um misto de Harry Potter e Tim Burton”. Antes de se lançar na escrita, acrescenta, “fiz pesquisa de bandas sonoras de filmes de terror atuais, para ver o que se está a fazer”. Esse universo deixou algo: “o que compus quase podia ser música para filme, se não fosse a voz lírica”.

Em termos musicais, “há um crescendo contínuo até um clímax já perto do final, após o que há uma rápida resolução”. Para ele, esse crescendo reflete “o acumular de tensão dentro da própria personagem, cada vez mais angustiado e atormentado, num clima cada vez mais opressivo”.
O clímax, diz Alexandre, “é o momento de maior desvario e descompensação do protagonista”. Já a resolução lê-a como “o entendimento de que é inútil [tentar esquecer a falecida amada] e a aceitação do seu destino”.

Atenção especial mereceu a expressão recorrente ao longo do poema: “Nunca mais!” – “É cantado com variações de intenção, mas a ideia é que comece gradualmente a incomodar, tornando-se mais assertivo e definitivo, pois desde a primeira vez quer dizer a mesma coisa: “Tu não tens salvação!””, interpreta Rui. Já Luís assume com humor: “Não resisti à “tentação” de associar um Leitmotiv [motivo condutor] a essas palavras”. Por sua vez, Alexandre explicita a solução cénica: “A personagem está presa num espaço que é uma cama-campa de folhas secas, mas que é um espaço interno, interior. É uma ilha, uma tumba de que ele não consegue escapar. No final, ele percebe que está condenado a viver com a presença daquele corvo – que mais não é senão a “versão negra” da sua amada que regressa para o atormentar – até ao (seu) fim.”
http://www.dn.pt/artes/interior/rui-baeta-canta-opera-sobre-o-corvo-de-poe-5456442.html

Nevermore
Em Viagem [blog], F. S. Chambel, Jan 2016

“Numa noite escura e fria de inverno, este era o espetáculo ideal para se ver num palácio antigo e grave como o do Sobralinho. (…)

Depois da espera no pátio, fomos entrando, com curiosidade, nos vastos aposentos do palácio. O público, composto por pouco mais de meia centena de pessoas, sentou-se em volta de uma sala que dava para a fachada principal do edifício. No chão, havia um tapete de folhas tristes e outonais que conferia ao cenário um tom de melancolia. As luzes apagaram-se e a pequena orquestra começou a tocar uma espécie de melopeia triste (Ruben Jacinto no clarinete, António Correia no acordeão e Tiago Vila no violoncelo, apoiados pela eletrónica em tempo-real de José Grossinho). De repente, abriu-se a porta e entrou um homem na sala com a mulher morta nos braços. No poema, a mulher chamava-se Lenore (um nome escolhido propositadamente por Poe para rimar com Nevermore), mas Fernando Pessoa, mais preocupado com a rima em português, eliminou simplesmente o nome e deixou ficar a palavra amada; (…)

Rui Baeta, como barítono, deu voz àquele que, no poema, se dilacera com a morte da mulher amada. Viril, encorpada e possante, a voz foi um instrumento extraordinário na dramatização da dor e no confronto com a irredutibilidade do corvo. (…)

Sara Chéu, num maravilhoso encanto coreográfico, desdobrou-se nas outras duas personagens: primeiro, foi a bela e frágil mulher que jazia morta; depois, tornou-se no negro e funesto corvo que se erguia fúnebre. No poema havia um momento em que o corvo pousava sobre o busto alvo de Palas (que era a deusa Atena para os gregos e Minerva para os romanos). Mas, em palco, tal momento seria muito difícil (se não mesmo impossível) de representar. Assim, substituiu-se o busto da deusa da sabedoria pela ampla lareira da sala, onde a dançarina se aninhou e coreografou os movimentos do pássaro. A solução encontrada não permitiu evidenciar um dos efeitos estéticos do poema (o de contrastar a alvura do mármore da estátua com a negrura da plumagem da ave), mas talvez tivesse sido a mais adequada, face aos recursos existentes. No final, revelou-se a verdadeira natureza do corvo, ainda que algumas pessoas possam ter saído do palácio com uma sensação de estranheza perante o espetáculo. O corvo era o mensageiro, o arauto da desgraça que vinha do Além. O que ele proclama ao homem que lamenta a morte da amada é que não há retorno possível. A morte é inevitável e a dor irreparável. Tudo o que resta ao pobre amante é o árido caminho da solidão e talvez o abismo da demência.”

O Corvo, Uma Ópera De Camara
por Rui Manuel Sousa / Artes & Contextos, Fev 2017

The Raven o poema de Edgar Allan Poe traduzido para português por Fernando Pessoa, adaptado para ópera de câmara e apresentado ao vivo com um cantor lírico, uma bailarina e três músicos em palco!

O formato é sui-generis, mas sem dúvida alguma que se trata de uma ópera – canto lírico com música ao vivo e envolvência teatral. Assistimos a este espetáculo numa das salas comuns do moderno edifício “Fabrica das Palavras” em Vila Franca de Xira e, com o público arrumado de forma um pouco caótica, a sala estava preenchida e as cadeiras não chegaram para todos.

O espetáculo começou com a entrada dos três músicos, um clarinete, um acordeão e um violoncelo, uma intro melancólica que ajudou a preparar o público para a entrada sinistra do protagonista, um homem solitário numa noite de inverno, traz nos braços a sua amada já morta (O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!(1)). Ele deixa-a no chão cheio de folhas caídas e adormece num cadeirão, e enquanto dorme ela ergue-se e dança nos seus sonhos. Mais tarde, numa outra noite, ela volta como um corvo de plumas negras e de bico em riste, vem para habitar o medo deste homem só e vazio. O medo e a solidão assistem à interpretação do poema em canto lírico, muito diferente do ato da sua simples leitura. Assim cantado, o poema ganha vida, corpo, podemos sentir o ator/barítono a declamar/cantar o poema tornando-o numa espécie de ária. A magia acontece, o poema já não é só apenas um poema, é algo muito maior.

Somos surpreendidos pela diversidade dos elementos usados, as folhas outonais (em grande quantidade) espalhadas pelo chão – parte da ação é amplificada na interacção a partir do som do seu restolhar – a iluminação e a base sonora de caráter electrónico (lançado em tempo real) juntas temporizam a acção, emocionalmente funcionando como suporte à espaçada interpretação musical do poema.

A janela que dá para a rua e que se encontra por detrás da boca de cena faz também parte do cenário, podíamos ver a chuva a bater nas vidraças enquanto assistíamos ao decorrer da ópera, chovia nessa noite e a própria chuva ajudou a criar o ambiente misterioso e macabro que tanto caracterizam a obra de Edgar Allan Poe.

Produzido pela Inestética Companhia Teatral, este espetáculo veio a cena a primeira vez em “nais de 2015, esteve 10 dias consecutivos em cena no Palácio do Sobralinho, passou depois Festival de Teatro de Montemor-o-Novo, pela 28a Temporada de Música em São Roque e pelo Theatro Circo em Braga.

Aproveitamos a ocasião para assinalar que estará na calha uma abordagem similar ao poema Tabacaria de Fernando Pessoa, com a estreia apontada para novembro deste ano.

A solidão de “O Corvo” invade o Theatro Circo
por Mafalda Oliveira / RUM – Rádio Universitária do Minho, 19 Jan 2017

Esta quinta e sexta-feira “O Corvo” invade o Theatro Circo. Uma ópera de câmara que se baseia no poema homónimo de Edgar Allan Poe, traduzido por Fernando Pessoa. O texto conta a história de um homem que enfrenta a perda, o medo, a solidão e o vazio. Um espectáculo dramático, que é protagonizado por Rui Baeta e encenado por Alexandre Lyra Leite.

À RUM, o protagonista explicou que a história de “O Corvo” retrata “o momento da vida de um homem que está triste e sozinho porque perdeu a sua amada”. “Ele entregou-se à solidão, à saudade, à tristeza e ao luto. Numa noite de inverno, ouve uns barulhos estranhos, num sítio onde havia aquela ideia da paz podre, do zero, o nada acontece, o peso da solidão. Na verdade, os barulhos são feitos pelo Corvo”, revelou.

Um poema “negro” e que retrata a saudade. “Reproduz um ambiente negro, bastante oitocentista e muito pesado. O corvo começa a manifestar-se e a ameaçar o homem. Numa espécie de delírio, ele tenta entrar em diálogo com o corvo, que responde, “nunca mais” – a escolha de Fernando Pessoa para a frase “Never More”. Refere-se à incapacidade de ele se libertar do peso da saudade e do luto da amada”, conta Rui Baeta.

Em palco, conjuga-se a música de Luís Soldado e a tradução de Fernando Pessoa, num clima “hipnótico”. A Rui Baeta, que canta, juntam-se quatro músicos em palco, com violoncelo, clarinete, acordeão e electroacústica. “Não há um maestro. Com toda a complexidade, é tudo muito frágil”, admite o protagonista.
www.rum.pt/news/a-solidao-de-o-corvo-invade-o-theatro-circo

Conversa Fora do Palco, Theatro Circo, Jan 2017
Moderação de Paulo Brandão (Diretor Artístico do Theatro Circo)
Com Rui Baeta (Barítono) e Alexandre Lyra Leite (Encenador)

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SEREI EU FUGINDO?
de Luís Soldado e Rui Zink

Ópera para uma viagem de comboio

Um homem com uma mala na mão pede ajuda aos passageiros: está a ser perseguido por sereias. Vêem-nas, não as vêem? Estão a segui-lo – mas ninguém as vê, ninguém o escuta, como da outra vez, só ele as vê, as pessoas têm sempre os ouvidos tapados… Até que elas surgem, de facto, as suas perseguidoras: Circe e Penélope, disputando o melhor dos troféus: a loucura de Ulisses. Mas também podem ser apenas duas turistas a exigir que o homem lhes devolva a mala que apanhou indevidamente…

Rui Zink

O projecto de ópera Serei Eu Fugindo?, especialmente idealizado para a iniciativa Andar em Festa/Festas de Lisboa 2013, tem como principal objectivo levar a ópera cómica ao encontro dos cidadãos que «vivem» a cidade de Lisboa, através de uma intervenção artística na ligação ferroviária Lisboa–Cascais.
Uma ópera do século XXI, onde a música e o humor se unem de forma a criar um espectáculo eclético e inovador que explora a proximidade e a interacção com o espectador, num contexto surpreendentemente quotidiano.

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fotos © Alexandre Lyra Leite

Ficha Artística / Técnica

Música Luís Soldado
Libreto Rui Zink
Encenação Alexandre Lyra Leite
Soprano Catarina Molder
Barítono Mário Redondo
Actriz Linda Valadas
Direcção Musical Rui Pinheiro
Figurinos Carlota Lagido
Acordeão José Valente
Trompete Fábio Oliveira
Violino Miguel Figueiredo Gomes
Clarinete Ruben Jacinto
Produção Inestética companhia teatral
Parceiro CP – Comboios de Portugal
Apoio Sunset Destination Hostel
Organização Andar Em Festa/Festas de Lisboa
EGEAC/Câmara Municipal de Lisboa

Sessões

Andar em Festa | Festas de Lisboa 2013
17 a 21 Jun 2013, Comboios Lisboa-Cascais
13h Cais do Sodré > Cascais
17h Cascais > Cais do Sodré

15 min | M/3

IMPRENSA