Ciclo de Dança Contemporânea
Palácio do Sobralinho
10 a 18 Maio
6ª EDIÇÃO | 2024
10 Mai 21:30
CATPOWA!
Dally Schwarz & Marcos Aganju
11 Mai 21:30
PESTES
Cacá Otto Reuss & Magda
17 Mai 21:30
ELECTRO-DOMÉSTICAS
Filipa Brito & Lara Boticário Morais
18 Mai 21:30
MATOMARI NO NAI
Catarina Casqueiro & Tiago Coelho
clique no título do espectáculo para saber mais
O ciclo Dança Invisível pretende criar um novo espaço de possibilidades para a dança contemporânea, apostando no cruzamento de linguagens artísticas e na promoção do trabalho de coreógrafos com criações de carácter experimental e inovador.
Em cada edição são convidados artistas consagrados e emergentes, de forma a potenciar o diálogo artístico entre o que é visível, em termos do circuito artístico nacional e internacional, e o que ainda permanece “invisível” para o grande público, decorrente da sua natureza embrionária.
O ciclo surge também intimamente ligado ao programa de apoio à criação “Artistas no Palácio – Programa de Residências Artísticas” que a Inestética tem vindo a promover no Palácio do Sobralinho.
Programação Alexandre Lyra Leite
Direcção técnica Fernando Tavares
Assistência de produção Susana Serralha, Filipa Alfama
Assistência técnica Inês Maia, Álvaro Figueiredo
Design gráfico Rita Leite
Registo e Edição vídeo Vítor Hugo Costa
Produção Inestética
Estrutura financiada por República Portuguesa – Cultura, DGArtes – Direção-Geral das Artes, Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Apoio União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, Imarte, Arte Franca, Metafilmes
10 Mai 21:30
CATPOWA!
Dally Schwarz & Marcos Aganju
© Zona Limítrofe
CatPowa! é uma peça de cruzamento disciplinar envolvendo dança, música e vídeo – e interessa-se pelo universo do gato e pelas suas diversas simbologias culturais nas várias referências ancestrais. Com base nesta temática, os artistas fabulam sobre futuros distópicos e universos pós-apocalípticos, investigam e criam sua própria narrativa a partir da influências das linguagens dos quadrinhos, do cinema exploitation, de culturas sci-fi e pop contemporânea. A criação coreográfica assinada por Dally Schwarz inspira-se nas danças sensuais femininas e também nas figuras super sentais do imaginário pop japonês e suas releituras pela óptica ocidental. A criação sonora, dirigida por Marcos Aganju, inspira-se no rock’n’roll e nas trilhas sonoras de filmes dos anos 70.
Direção Geral / Criação Artística / Performance:
Dally Schwarz e Marcos Aganju
Realização: Zona Limítrofe – Plataforma Artística e Associação Cultural
// Filme
Camera: Arthuro Alves
Figurino: Erika Schwarz
Máscara/Adereço: Kat Strauchmann
Edição de vídeo: Dally Schwarz
Trilha sonora, sonoplastia e edição de áudio: Marcos Aganju
// Performance
Desenho de Luz: Lui L’abbate
Apoio a produção de performance: Cristina Vilhena
// Banda Desenhada
Argumento e Roteiro: Dally Schwarz e Marcos Aganju
Ilustração: Francisca Sousa
Apoios: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes, GDA – Gestão dos direitos dos artistas, c.e.m – centro em movimento, Opart – EVC/Estúdios Victor Córdon, Cia Olga Roriz, Centro de Experimentação Artística da Moita, Teatro do MAR – Sines
Centro das Artes de Sines, LeBamp – Brussels Melting Art, Impala skate, BLX – Bibliotecas de Lisboa
Duração aprox: 50 minutos
Dally Schwarz (n.1987, Niterói, RJ) Artista e criadora nas artes performativas com enfoque para criações em dança e vídeo.Escreve, dirige, coreografa e produz suas criações. Iniciou seu percurso na dança e artes do corpo em 1999 com estudos de danças do médio oriente, yoga e artes marciais. Trabalhou com comunicação e escrita em diversas plataformas ligadas às artes performativas e como arte educadora em centros culturais, escolas e universidades. Em 2014 criou a plataforma artística Zona Limítrofe em parceria com o artista Marcos Aganju e desde então realiza criação, workshops e investigação.Em 2020 apresentou 2eImpar no Gaivotas 6, em 2021 apresentou Ya,Walk!Talk! no Teatro do Bairro com apoio da Calouste Gulbenkian, em 2021 apresentou Pop-up! com apoio da FMH/INET-md. Em 2022 cria CatPowa! com apoio da DGartes e GDA. Colaborou com o Programa de formação “O risco da dança” no cem – centro em movimento nos anos de 2020/2021.
Marcos Aganju (n.1980, São Paulo, SP) Músico e artista multidisciplinar. Tem 3 álbuns gravados: Plantation Sons(2019),Soundtracks A/B(2020),Amalá(2017). Trabalha com criação, direção e produção de paisagens e trilhas sonoras desde 2006 para teatro, cinema e dança em parceria com diversos artistas. Em 2021 dirigiu seu primeiro álbum visual Plantation Sons. Integrou a residência
artística AfroTrancendence no RedBull Station/São Paulo. Desde 2014 co-labora na Plataforma Zona Limítrofe em parceria com a artista Dally Schwarz realizando criações, workshops e investigação.Guitarrista da banda Puta da Silva, realizou trabalho com Jota Mombaça e Ventura Profana.Colaborou com o Programa de formação “O risco da dança” no cem – centro em movimento nos anos de 2020 e 2021. Em 2023 trabalha na gravação do seu terceiro disco Batuk-in com apoio da Dgartes.
Dally Schwarz e Marcos Aganju trabalham desde 2014 em parceria artística criando performances, vídeos e peças sonoras. Nesse encontro, chamado Zona Limítrofe – Plataforma Artística e Associação Cultural – geram um espaço seguro onde artistas lgbtqia +, imigrantes e pessoas que de alguma forma não se encaixam no processo político hegemónico possam conectar-se com interesse de construir pontes de diálogo entre mundos possíveis e impossíveis. Nasceram em Niterói e São Paulo e estão radicados em Lisboa desde 2017.
11 Mai 21:30
PESTES
Cacá Otto Reuss & Magda
PESTES é um espetáculo com duas intérpretes que reflete sobre as memórias de infância. O que é uma memória real do ponto de vista das nossas vivências e o que é invenção. “ A partir de um imaginário de afetos, convidamos para cena estados de inquietação, desafio, jogo e confronto, dando corpo a cenários que nos façam repensar sobre a existência – permanência e ausências das coisas. “
Uma ausência que incomoda.
Uma presença que enaltece o vazio da existência.
O esquecimento do afeto lembra-me insistentemente do incumprimento…
É a instância da memória.
Sai peste, que o teu barulho me entristece.
Criação: Cacá Otto Reuss e Magda
Interpretação: Lea Siebrecht e Magda
Composição musical: Rafael Maia
Saxofone: Dudu Rezende
Desenho de luz: Francisco Campos
Figurinos: Ana Silva e Margarida Magalhães
Fotografia e Vídeo: Miguel F
Apoio à produção: Mafalda Bastos
Co-produção: Câmara Municipal de Gondomar
Apoio à residência: Companhia Instável, Companhia Paulo Ribeiro, Academia de Dança de Serzedo
Agradecimentos: Associação Recreativa e Cultural de Serzedo, Duarte Valadares, Nova Lux Coletivo
Duração aprox. 45 minutos
17 Mai 21:30
ELECTRO-DOMÉSTICAS
Filipa Brito &
Lara Boticário Morais
© Electro-Domésticas
O colectivo Electro-Domésticas formado pela dupla Filipa Brito & Lara Boticário Morais (sempre com a possibilidade de convidar artistas performativas e visuais, conforme o contexto e o apelo do trabalho) nasceu de um desejo de abrir as janelas do quotidiano caseiro (e ainda muito associado ao género feminino), explorando os seus elementos físicos e simbólicos: objectos, utensílios, ferramentas, etc. e respectivos significantes. Nessa (re)conversão do universo doméstico em ponto de partida para os diversos trabalhos, há uma transformação performativa desses elementos, dando-lhes novas e inesperadas utilizações e funcionalidades que resultam na partilha de um novo olhar através da gestualidade, do som e da imagem. Por tudo isto, é legítimo falar-se em gestos subversivos com um toque feminista, mas não se esgotando nessa dimensão.
Performance 1
As Copeiras
As copeiras são uma mistura de saltos altos, copos de vidro e o som resultante dos movimentos de uma dança as duas. Das várias evocações possíveis, destaque-se os sapatos de vidro da Cinderela que as Electro-Domésticas quebram, destruindo o mito com o objectivo de originar novas leituras. O nome do projecto/colectivo, os sons e os adereços foram pensados de forma a se poder dizer muito sem o verbalizar. Resta ao observador, ter olhos para ver, ouvidos para ouvir e coração para sentir.
Performance 2
Coça Roça
Concerto – Performance para 2 escovas – Concerto em dor menor
Consiste numa panóplia de sons que procuram através do trabalho doméstico, ainda ligado ao feminino, reverter esta sonoridade convertendo-a numa sinfonia selvática e rebelde que nos leva a paisagens despojadas.
Como escovar, lavar, desempoeirar, encerar, desencardir um lugar-comum?
Direcção Artística – Electro-Domésticas
Performers – Electro-Domésticas
Música – Electro-Domésticas
Figurinos – Electro-Domésticas
Sonoplasta _ Ricardo Pimentel
Duração aprox. 40 minutos
Lara Boticário Morais (Lisboa, 1976)
Vive e trabalha em Lisboa. Licenciou-se em Pintura na Escola de Tecnologias Artísticas de Coimbra (ARCA-ETAC) em 2000, no mesmo ano entrou no curso de Design Gráfico na escola ETIC em Lisboa. Entre 2003 e 2007, frequentou o programa “Independent Art Studies” na MAUMAUS – “School of Visual Arts”, em Lisboa. Em 2008, estudou na “Malmö Art Academy” e em 2013, completou o “Master of Fine Arts” no “Dutch Art Institute” em Arnhem, Países Baixos. Em 2015 faz uma residência artística na FAAP- Fundação Armando Alvares Penteado, ao abrigo das bolsas da Fundação Calouste Gulbenkian em São Paulo, Brasil. Em 2019 forma a dupla Electro-Domésticas com Filipa Brito, apresentando trabalho regularmente, dois anos depois em 2021 apresenta o trabalho “Memento Mori” financiado pelo Fundo Fomento Cultural. Em 2023 apresenta “Ab Absurdo” apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, no mesmo ano frequenta o curso de Música Electrónica na ETIC. A artista já expôs e performou em Viena, Lisboa, Porto, Lagoa, Nottingham, Malmö, Teerão, Dakar, Madrid, Bilbao, Suíça, Roterdão, Arnhem, Reiquiavique, Bruxelas e São Paulo.
Filipa Brito (Portimão, 1977)
Nascida em Portimão, reside entre Lisboa e Lagoa (Algarve). Co-fundadora da BÓIA – Associação Cultural em 2018, é co-diretora artística e pedagógica de projetos como o Festival PARAGEM, LA(b)GOA, PINGA-AMOR e (Des-)Guia Turístico de Lagoa. Em 2023, realizou um curso intensivo de Composição e Produção de Música Eletrónica. Em 2018, formou a dupla artística Electro-Domésticas com Lara Boticário Morais, apresentando trabalhos como “As Faqueiras” e “As Copeiras”. Em 2020, iniciou a dupla “UMA” com a irmã gémea Maria Inês Brito, explorando fotografia. Frequentou o Curso de Cenografia na Chapitô (1998-2000) e estagiou com Rui Sanches e Julião Sarmento em 2003 e 2004, respetivamente. Fundou a Escola de Artes de Lagoa em 2004 e concluiu a Licenciatura em Artes Plásticas em 2006. Em 2008, frequentou o curso avançado da Maumaus em Lisboa. Participou em exposições como “De Heróis está o Inferno Cheio” (2010-11) e desenvolveu projetos com Nelson Guerreiro, como VaiVém, atualmente chamado CASAL BOSS, destacando-se “Kiss & Tell” (2014) e “Colecção Privada” (2014-…).
18 Mai 21:30
MATOMARI NO NAI
Catarina Casqueiro
& Tiago Coelho
© Catarina Casqueiro & Tiago Coelho
Duas mentes circulam pelo espaço comum de uma ideia – um pas de deux existencial, abstrato e imaterial. São dois e apenas um só, uma sinapse entre dois neurónios, uma conexão da carne e do espirito, do mecânico e do transcendente, duas partes de um todo, um início e um fim. “Matomari No Nai”, de Catarina Casqueiro e Tiago Coelho, propõe ilustrar a simbiose entre dois seres e a partilha da existência, traduzidos no movimento dos corpos que vão dançando como quem fala, numa linguagem física própria, que privilegia o corpo e a organicidade do movimento, dissecando a sua relação com o outro e com a vida através da relação com o espaço sonoro – um projeto de engenharia artística cujas fundações são alicerçadas neste memorial descritivo em dança, que é o motor comum a todas as suas criações: a ilusão de ótica.
Esta que é a parede mestre da impressão digital artística destes bailarinos, integra referências a reconhecidos artistas, como John Lennon, Sigmund Freud, Van Gogh e Salvador Dali. Foi precisamente a obra “Girl Reading Dali” (2011) que intrigou os criadores – qual a imagem que se impõe, num primeiro olhar? E, apos criar-se uma narrativa para as duas cenas, em qual das imagens se fixa a mente? Ainda é Dali que se destaca ou a mulher debruçada sobre o livro? Pode um apartar-se do outro? Abre-se então caminho à descoberta do Ser e da sua transformação, numa autopsia do tempo e da memória edificada nas construções internas de um par em constante mutação e fusão simultâneas. Será que vivemos sempre em nós mesmos ou habitamos os outros?
Coreografia e Interpretação – Catarina Casqueiro & Tiago Coelho
Músico – Artur Guimarães
Teaser – Filipa Amaro (realização), João Bernardo Sousa (cinematografia)
Duração aprox. 40 minutos
Catarina Casqueiro & Tiago Coelho formam uma dupla de criação de dança contemporânea desde 2018. Nos últimos anos, apresentaram criações próprias em várias salas de espetáculo nacionais e internacionais, nomeadamente: Quinzena de Dança de Almada; 10Sentidos Festival (Valência, Espanha); 34th and 35th International Choreography Competition (Hanôver, Alemanha); Paralelo Fest (Ponta Delgada, Açores) e SoloDuo (Colónia, Alemanha), onde ganharam o Prémio do Público. Em 2021, foram convidados pela Companhia de Dança de Almada a criar o espetáculo de encerramento da Quinzena de Dança de Almada, onde estrearam “Deux Same”.
A convite do “Choreography competition 2022 Jerusalem”, apresentaram ainda em 2022, a primeira peça que coreografaram, “Matiik” e em 2023 estiverem na Alemanha a convite do festival Soloduo onde estrearam a sua mais recente criação “Matomari No Nai”, tendo depois disso, sido convidados a apresentar esta mesma peça em Taiwan “StrayBirds dance platform” ( prémio MasDanza Festival ) e na Bulgária no ICC Linkage (terceiro prémio e o prémio do público).
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Programação Alexandre Lyra Leite
Produção Executiva e Design gráfico Rita Leite
Direcção técnica Fernando Tavares
Assistência de Produção Susana Serralha
Assistência técnica Inês Maia
Registo e Edição vídeo Vítor Hugo Costa / Metafilmes
Produção Inestética – Associação Cultural de Novas Ideias
Estrutura financiada por República Portuguesa – Cultura, DGArtes, Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Apoio União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, Imarte, Arte Franca, Metafilmes