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Arte e Cultura, que Futuro?

Arte e Cultura, que Futuro?FALA! Propostas para este milénio
Arte e Cultura, que Futuro?

Sab 3 Maio, 17:00
tertúlia | entrada livre

convidados
David Santos (Director do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa)
Alexandre Lyra Leite (Director Artístico do Palácio – Espaço de Criação e Difusão das Artes)
moderador
Jorge L. Santos
e a participação do
Coro infanto-juvenil do Ateneu Artístico Vilafranquense

www.facebook.com/fala.propostasparaestemilenio

A Arte e a Cultura são intrínsecas à existência humana. Desde que há seres humanos na Terra que estes interpretam e ritualizam a realidade que os circunda buscando entendimento, poder e um sentido para a vida. Contavam as suas histórias através de desenhos, danças, sons, esculturas e rituais encenados de cariz religioso, mais tarde surge a escrita e torna-se possível suspender no tempo pensamentos e narrativas perpetuando-os para as gerações vindouras. Com a evolução emergiram as sociedades organizadas em cidades, civitas, ou seja, a civilização. Nesse momento a Arte e a Cultura tornaram-se entidades autónomas, com estatuto próprio e os artistas, seres mais ou menos excepcionais, consoante a época, pela sua capacidade criativa cuja obra enobrecia e eternizava quem a criava e quem a podia financiar.
É na Europa das Luzes que a Arte e a Cultura passam a ser vistas como formas privilegiadas de comunicar e educar os povos com a emergência duma burguesia suficientemente numerosa para se opor ao exclusivismo das classes dominantes do Antigo Regime. Nos séculos XIX e XX aparecem a fotografia e o cinema. Com o advento da televisão e da era digital a Arte e a Cultura passam a estar ao alcance de todos e os 15 minutos de fama duma marca de sopa tornam-se objecto de culto global imortalizados numa serigrafia dum artista famoso.
Hoje, em pleno século XXI, temos uma civilização globalizada, complexa e assimétrica, uma população mundial crescente que compete por recursos finitos. O modelo de apoio estatal é cada vez mais contestado nas sociedades ocidentais, as que mais têm beneficiado da riqueza do mundo. A Arte e a Cultura reflectem e preconizam as mudanças sociais em todas as épocas. Que contributo podem dar para enfrentar as alterações globais que atravessamos? Irão sobreviver os modelos actuais face à emergência e hegemonia dos meios de comunicação digitais e da indústria do entertainment global?

Participantes:
David Santos (n. 1971)
Historiador, curador e crítico de arte, é Diretor do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado (Lisboa) desde Dezembro de 2013, tendo dirigido ainda o Museu do Neo-Realismo (V. F. Xira), entre 2007 e 2013. Foi docente do ensino superior, entre 1998 e 2009, na área da História da Arte Contemporânea (Escola Superior de Design, IADE, Lisboa; e Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, Porto). Desde 1995, tem vindo a publicar artigos e ensaios sobre arte em catálogos, jornais (Já; O Independente) e revistas especializadas (Arte Ibérica; Arqa – Revista de Arquitectura e Arte; Artecapital.net). Tem participado em palestras, conferências e mesas-redondas no país e no estrangeiro. Doutorado em Arte Contemporânea pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, mestre em História Política e Social pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Lusófona de Lisboa, pós-graduado com mestrado em História da Arte e licenciado em História, variante de História da Arte, ambos pela Faculdade Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Alexandre Lyra Leite (n. 1971)
Estudou Cinema na ESTC – Escola Superior de Teatro e Cinema e Produção e
Gestão Teatral no IFICT – Instituto de Formação, Investigação e Criação Teatral, em
Lisboa. Em 1991 fundou a Inestética companhia teatral, onde ainda desenvolve actividade como director artístico, encenador e autor. Para além de vários textos originais, produziu e
encenou espectáculos a partir de Franz Kafka, Edgar Allan Poe, Italo Calvino, William
Blake, Roberto Corte, Tristan Tzara e Stalislaw Lem, entre outros.
Director artístico do projecto de criação e programação Palácio – Espaço de Criação e
Difusão das Artes, Palácio do Sobralinho, Sobralinho, desde 2013.
Formador desde 2006 na ETIC – Escola Técnica de Imagem e Comunicação, Lisboa, nos
cursos de Realização (direcção de actores e escrita de argumento), Vídeo e Animação
2D/3D. Entre 2010 e 2012 foi Professor no Curso Superior de Produção Multimédia
Interactiva, IPA – Instituto Superior Autónomo de Estudos Politécnicos, Lisboa.
Encenou 4 musicais infantis para a Universal Music Portugal e Canal Panda, com
digressão de âmbito nacional (2010 a 2013).
Foi premiado em três edições do Concurso O Teatro na Década, organizado pelo
CPAI – Clube Português de Artes e Ideias, e bolseiro na área de Artes do
Espectáculo/Teatro do Centro Nacional de Cultura e da Fundação Calouste
Gulbenkian (Programa Novos Encenadores).

Moderador
Jorge Manuel Loureiro dos Santos
Licenciado em Química pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Foi bolseiro de investigação no INETI na área de Química. Docente do Ensino Secundário e Presidente do Conselho-Geral do Agrupamento de Escolas de Salvaterra de Magos. Vencedor distrital do Concurso «Escola Solar» do Rock in Rio 2008. Dinamizador de projectos na área da Educação Ambiental e Energética através da organização de palestras nas escolas dos Concelhos de Salvaterra de Magos e de Benavente.

Coordenação [Fala! Propostas para este milénio]
Cristina Rodrigues Pereira & Jorge L. Santos